Desde o momento em que o Fallujah lançou o seu primeiro
álbum em 2011 à banda norte-americana atraiu as atenções da comunidade
headbanger com seu Prog/Death Metal pesado, técnico e bem tocado, e com razão,
“The Harvest Wombs” é sem sombra de duvidas o melhor álbum da banda, com
guitarras técnicas, rápidas e pesadas, alem de letras inteligentes, vocais
guturais de extrema qualidade, e um clima geralmente épico que realmente
combinava muito com o som, esse clima permaneceu no álbum seguinte “The Flesh Prevails”,
de 2014, esse álbum era mais lento e menos técnico, dando mais ênfase para os
elementos ambientes e progressivos da banda, porem ainda era um disco
fascinante, contendo algumas das melhores musicas da banda (como “Starlit
Path”, “Carved from Stone” e “Sapphire”), alem de varias melodias quase
celestiais. É um fato que “The Flesh Prevails” é um dos álbuns de metal mais
únicos dessa década, alem de ser o álbum que colocou o Fallujah como um dos
principais nomes do metal extremo moderno, literalmente nada podia dar errado.
Então “Dreamless” foi lançado.
Esse álbum, lançado em 2016 tinha todas as características
do álbum anterior, o mesmo death metal mais atmosférico e melódico do álbum
anterior, alem de temas líricos interessantes e algumas musicas boas (Como as
duas primeiras faixas, “Faces of Death” e “Adrenaline”), no entanto, por alguma
razão esse álbum...esse álbum... ELE É CHATO PRA CACETE, nenhuma das musicas
são realmente únicas, algumas delas chegam a ser entediantes, tudo é tão
repetitivo que eu fiquei realmente chateado quando eu ouvi esse álbum por que
uma das bandas que eu realmente gosto no metal extremo dessa década ficou
chata.
E então há uma semana veio o quarto álbum da banda “Undying
Light”, que na minha opinião é um pouco melhor que o álbum anterior, porem que
peca em muitos aspectos e não é realmente muito agradável para mim. E eu vou
dizer o porque.
CARAS NOVAS, SOM
NOVO.
“Undying Light” é o primeiro álbum com o novo vocalista Antonio
Palermo e com o novo guitarrista base Danny Tunker, e na minha opinião (e
aparentemente na opinião de muitos outros fãs) a coisa já começa errada do
começo, eu não gostei nada do novo vocalista, o estilo vocal dele não combina
com a direção que a banda estava seguindo, lembrando um vocal ruim e genérico de
metalcore, alem do fato de que o vocal não combina muito com as musicas que
estão sendo tocadas, o que meio que ferra as musicas, o novo guitarrista é ok,
eu mal ouvi ele mas eu não tenho grandes reclamações.
Mudando um pouco de assunto, nos podemos dizer que o som da
banda não mudou muito nesse álbum, bem eles praticamente abandonaram totalmente
os elementos técnicos e mergulhando de vez no death metal progressivo/atmosférico,
e implementaram alguns elementos do post-metal, é praticamente só isso. Essa
mudança esta longe de ser o problema em si, é compreensível que essa seja a
evolução natural do som que o fallujah vinha fazendo desde o “Nomadic”, não, o
problema vai muito alem disso.
O principal deles é o mesmo do álbum anterior, as musicas...são
chatas. Não há nada de novo ou original no som das musicas desse álbum, as
composições parecem retalhos de musicas do “Dreamless” (álbum que eu já mostrei
acima que eu não gosto), alem do fato de que a maioria das musicas praticamente
soam iguais, sempre os mesmos 4 riffs dissonantes, os mesmos solos bonitinhos e
progressivos, o mesmo vocal gritado que parece metalcore, o mesmo tudo. A sensação
de mesmice praticamente mata o álbum para mim, e na minha opinião é desanimador
ver uma banda que já foi tão original e única se tornar uma banda genérica,
acomodada, que a cada dia mais, tem mais medo de se arriscar.
Tudo bem, esse álbum não é TÃÃÃO ruim assim, eles tem
musicas boas, “Last Dream” é bem legal possui um riff pesado e intenso, é uma
das poucas que escapam da mesmice musical, o mesmo para “Ultraviolet”, uma
musica curta (3:21), grossa e direta, uma das primeiras desse tipo em quase uma
década (não é tech death, porem ainda é bem direta), “Glass House”, “The Ocean
Above” e “Sanctuary” são decentes, porem nada que realmente se destaque e salve
o álbum.
As letras não são realmente muito boas, calma elas não são
ruins, porem elas são muito pesadas em metáforas, e em historias e em termos, o
que acaba tornando as letras massantes, e até meio desagradaveis, dando para
perceber que o liricismo se degenerou bastante nesse álbum, ainda é melhor que
as milhares de letras gore genéricas que existe ao redor do death metal, porem
é inegável que elas tem problemas.
Não há nada para reclamar da produção, ela é boa,
praticamente só isso que eu tenho a dizer sobre a produção.
“Undying Light’’ é um belíssimo retrocesso na musica da
banda, é um álbum que praticamente não tem nada de novo, alem de alguns
elementos do post-metal, alem das letras fracas, um vocalista bem ruim, varias
musicas parecem as mesmas, claro possui musicas boas, porem nada que realmente
salve esse disco, não é o pior do Fallujah, porem ainda é um...
4.5/10
É essa foi
mais uma postagem do blog Nexus, a primeira em um mês , se você gostou
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