PRIMEIRO REVIEW DO ANO. Ola pessoal, meu nome é Ricardo
Augusto Pereira dos Santos, e eu estou de volta com mais um review no meu blog.
Nexus.
Eu sei que eu dei uma sumida, eu sei que não é assim que se
administra um blog, mas vamos e convenhamos. Vocês também sumiram desde que o
Google+ acabou então nesse caso eu acho que estamos quites.
Agora eu tenho uma pergunta, vocês se lembram do meu primeiro review. Provavelmente não porque eu duvido que alguém me acompanha desde 2018, mas se você me acompanha desde 2018 você provavelmente se lembra do meu review do álbum Clockwork Immortality do Lovebites, uma banda japonesa de Power metal composta totalmente por mulheres, e se você se lembra desse review (se você não se lembra, você pode ler ele a qualquer momento). Você se lembra que eu... Fui meio duro com esse álbum.
oof |
Na época meu critério de avaliação era diferente, eu
simplesmente via quantas musicas um álbum tinha, ouvia as musicas, se eu
gostasse ela ganhava um ponto, se eu gostasse mais ou menos ela ganha meio
ponto e se eu não gostasse ela ficava em branco, e bem, na época eu não gostei
da grande maioria desse álbum, eu achei brega, eu achei que se parecia demais
com outras bandas, eu simplesmente estava frustrado porque eu coloquei muito
hype nesse álbum (eu havia ouvido o debut poucos meses antes), depois de um
tempo esse álbum cresceu em mim até que bastante (Pledge of the Saviour, por exemplo, é uma musica que eu odiei na
época que eu fiz esse review, e agora eu considero como sendo uma das melhores
musicas do álbum, e até mesmo de todo o catalogo do Lovebites), mas na época
foi uma experiência bem gratificante.
Bem agora estamos em 2020, e o Lovebites esta de volta com o
álbum Electric Pentagram. Lançado há
um mês, é um álbum que eu tentei revisar o mês de fevereiro inteirinho, mas que
eu não estava conseguindo, porque eu não estava conseguindo, bem, Electric Pentagram é um álbum muito
longo, 70 minutos de duração, vocês devem estar falando a si mesmos “nossa ele
quer falar de musica e tem dificuldade em ouvir álbuns longos HEHEHEHEH... Que
otario”, então é eu não tenho paciência pra fazer uma única coisa por horas, e
principalmente ouvir musica constantemente por 1 horas e 10 minutos, ou seja,
eu tive dificuldade para ouvir esse álbum, MAS EU OUVI, e agora eu vou falar o
que eu achei de Electric Pentagram.
Bem pra começo de conversa, eu tenho um grande problema com três
coisas, na verdade quatro coisas, mas uma delas pode ser considerada como
nitpicking então eu só vou falar no final.
Primeiro problema: os vocais são estranhos, tipo, não é
culpa da vocalista, a Asami tem uma boa voz, na verdade ela não deve em nada a
outras vocalistas feministas de metal, como a Fuki (de várias bandas, mais
principalmente o Light Bringer, o Doll$boxx e o Unlucky Morpheus), ou a EYE (do
Mary’s Blood, outro grupo que surgiu do Destrose, eu falo como se algum de
vocês tivesse ouvido falar de alguma dessas bandas). Ela é uma ótima vocalista,
que não tem grandes problemas em uma banda de Power metal, então qual é o
problema exatamente. Bem, eu falei de algumas vocalistas certo, a Fuki, a EYE,
a Saki (do Band-Maid), então, essas vocalistas com exceção a algumas
musicas/partes de musicas cantam em japonês... A Asami canta em INGLES, e ai
que esta o problema.
Boa parte dos cantores japoneses de metal (e de outros
estilos também) tem dificuldade em cantar em inglês (exceções que eu me lembro
são a Saki, do Band-Maid, o Minoru Niihara, do Loudness, que já tem uma voz
estranha em japonês, e pelo que eu ouvi em algumas musicas um dos tres
vocalistas do Maximum the Hormone sabem cantar bem também...Ah tambem tem o
Mirai do Sigh, que sabe cantar bem em japonês, pelo menos no primeiro álbum. ),
na maioria das vezes , porque o sotaque é muito pesado, e a voz acaba ficando
meio esquisito, meio “algo não esta
certo”, e acaba não funcionando muito por causa disso, O problema da Asami é
exatamente esse. A voz dela é excelente em japonês, mas em inglês, ela na
maioria das vezes soa como se ela estivesse bêbada ou com cólica.
Segundo problema: As letras são cringe. Eu sei, eu sei, é
Power metal, não é um gênero que as pessoas geralmente escutam pelas letras, mas
mesmo assim eu me sinto como critico amador, no direito de apontar que as
letras de Electric Pentagram não são
boas. Clichês, melodramáticas, às vezes até meio pretenciosas, essas são as
letras desse álbum. Eu fiquei um bom tempo literalmente escondendo minha cara
de vergonha em letras como as de Raise
Some Hell, ou de Holy War, tipo
se você gosta de letras boas, eu não aconselho que você escute esse álbum,
apesar de que eu acho que você não escutaria esse álbum por causa de letras
super-reflexivas ou algo do tipo. E HEY, pelo menos as letras fazem sentido
dentro da musica, o que é mais o mínimo que você pode fazer quanto a letras.
Terceiro Problema: A Produção contem um famoso inimigo dos
fãs de musica no geral, e algo que tem se espalhado pela musica pesada (e não
tão pesada) japonesa por um tempinho já. Loudness War, vários álbuns japoneses
já apresentaram esse probleminha ferrado nos últimos tempos, por exemplo, o
ultimo álbum do BiSH Carrots and Sticks
(provavelmente feito de maneira intencional pela WACK para fazer as pessoas
terem a aparência de que a banda ainda é, e alguma maneira, uma “””banda punk
sem instrumentos “””, logicamente sem sucesso), o ultimo do Band-Maid Conqueror, absolutamente todos os álbuns
de kawaii metal tradicional já lançados, the list goes on. Esse álbum não é
diferente. Electric Pentagram é
barulhento ao extremo, no entanto muito pouco dinâmico, muitas vezes eu não
ouvi o baixo, a bateria muitas vezes esta enterrada pelas guitarras, a produção
no geral parece ter sido feita em um estúdio amador, com um produtor pouco
profissional, mas profissional o suficiente para fazer com que o álbum não soe
como uma demo mal gravada de uma banda da malásia integrada por garotos de 17
anos. Isso provavelmente não fez sentido, mas vocês entenderam aonde eu quero
chegar.
Nitpick Time: as musicas são muito longas, esse álbum tem 10
musicas, e 1 hora e 10 minutos, todas as musicas tem 5 ou 6 minutos, pode
parecer curto, e dependendo do cenário é, mas nesse caso, acaba sendo massante,
é um nitpick então eu não vou explicar o porque isso é um problema porque eu
sou um critico de merda.
Agora tudo bem, eu passei 6 paragrafos, 711 palavras, e 5
horas descendo o pau nesse álbum. Voces devem estar achando que ele é uma
porcaria, bem, atualmente eu discordo, bem, essa parte vai ser meio curta, eu
não sei fazer reviews positivos muito bem. Mas borá La.
Se você conseguir passar dos vocal choroso, das letras
vergonha alheia, e da produção entijolada, Electric
Pentagram oferece muito do que essa banda tem de bom. Em sua grande
maioria, o trabalho de guitarra de Midori e Miyako.
Asami pode ser a vocalista e Miho (baixista) a líder da
banda, mas quem brilha mesmo é a dupla de guitarristas, E você percebe isso
logo na primeira faixa Thunder Vengeance
com seus excelentes riffs pesado com inclinações ao thrash metal, alem de ter
um dos poucos trabalhos de bateria dignos de nota. Outros excelentes riffs
estão em When Destinies Align, The
Unbroken, Dancing with the Devil e vocês provavelmente vão discordar de mim,
A Frozen Serenade. Alem disso, Raise
some Hell tem um ótimo solo de guitarra (Apesar de que os “gritinhos” de
guitarra a lá Zakk Wylde no riff principal, são meios “ehh”).
E assim termina o nosso review, longo, mais negativo
positivo do que positivo, dessa vez eu não vou refazer esse review (como eu fiz
no do H.A.Q.Q) apesar de que ele faz parecer que eu odeio esse álbum e essa
banda, não, eu não odeio, na verdade muito pelo contrario eu gosto dessa banda
bastante. Eu ainda adoro muita das musicas do primeiro álbum e do EP Battle Against Damnation, eu me
considero um fã critico do Lovebites, e esse álbum em si é bem decente e uma
gigantesca melhora para com o ultimo álbum. No entanto contem muitos problemas
críticos, alem de ter vários problemas que fizeram do ultimo álbum tão
decepcionante. É um álbum muito falho, por isso que a minha nota é.
NOTA:6.9
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