Esse é outro review que demorou pra sair.
Então pessoal, depois de um mês enchendo o saco dos meus
amigos no instagram e marcando o artista na minha postagem por varias vezes
(sem muito sucesso), vamos finalmente falar sobre esse bendito álbum, e sem
mais delongas, vamos lá.
Você conhece o Car Seat Headrest? Se sim bom pra você, se
não saiba que o Car Seat Headrest é uma “banda” (na verdade é mais um projeto
de um homem só), norte-americana de indie rock, formada em 2010, pelo cantor e
compositor Will Toledo, essa banda é conhecida no ramo alternativo pelo seu som
lo-fi e minimalista (não sei se essa é a palavra, mas vai isso mesmo), álbuns
como “Twin Fantasy” (tanto o de 2011 quanto o de 2018), “Teens of Denial” e o
EP “How to Leave Town” são exemplos do som que eu estou falando, musicas mais acústicas
ou levemente distorcidas, uma produção mais suja e de baixa fidelidade, e uma
perfomance vocal geralmente bem impassível. No meio disso tudo temos o novo
álbum deles “Making a Door Less Open”, que meu amigo, é muito diferente do que
eu falei acima.
Ao contrario dos outros álbuns da banda, “Making a Door Less
Open” aposta em um som mais eletrônico, o que já foi testado em outros álbuns
da banda, mas nesse é em tempo integral quase todas as musicas, com exceção a
algumas, esse álbum também é mais “pop”, mais “mainstream” que os outros álbuns
da banda, exemplo “Martin”, que parece o tipo de musica que eu ouviria na praça
de alimentação de algum shopping de rico em Sampa (com a única diferença de que
essa musica é legalzinha), no entanto as outras musicas seguem uma linha mais “art
pop”, ou seja, segue uma linha mainstream sem fazer isso do jeito mais fácil,
conhecido como imitar descaradamente o Imagine Dragons ou surfar na nostalgia
dos anos 80 que explodiu no final da década (cof cof Muse cof cof Arcade Fire),
pelo menos nesse álbum as musicas são mais originais, mas bem, é uma gigantesca
mudança de sonoridade, então sim é claro que os fãs odiaram esse álbum.
Só pra você ter uma ideia, o score MELHOROU, desde a ultima vez que eu vi. |
Assim como o “Fear Inoculum” do Tool, ou o “Sea of Worry” do
Have a Nice Life, esse álbum segue a linha do “ame ou odeie”, e assim como eu
pessoalmente adoro o “Fear Inoculum”, eu pessoalmente gosto bastante desse novo
álbum.
“Weightlifters” abre o álbum e pessoalmente é a minha musica
favorita, sendo uma musica bem intensa, bem dançante, tendo uma vibe meio
Talking Heads, ta ligado, lembra um pouco aquela musica que o Pearl Jam lançou
no inicio desse ano, que lembra bem... Talking Heads, eu gosto muito dessa
musica, e boa parte das outras pessoas que ouviram gostam também (essa musica
ta entre as melhores do álbum de praticamente todo mundo que ouviu esse álbum),
“Can’t Cool Me Down”, é outra musica que é bem boa, ela é mais atmosférica, não
lembro direito o que essa musica me lembra, mas ela é boa também, as duas “Deadlines”
são também muito boas, a primeira (a minha favorita) é mais elétrica, mais
rock, mais intensa, a segunda é mais eletrônica, mais dançante com um certo
toque oitentista no começo, é muito boa, até “Martin” que eu falei no começo
que se parece com uma musica que você escutaria numa Forever 21 em 2016, é uma
musica bem divertida, bem bonitinha eu gosto de “Martin” ela é fofa, alem de “There
Must be More than Blood”, que da um certo toque épico pro álbum, sendo a única musica
longa do álbum (caso você não saiba, outra característica da banda são musicas
que facilmente passam dos 10 minutos, já essa musica só tem 7 minutos e meio,
mas tudo bem ainda é longa).
Alem disso a produção no geral é bem criativa, as letras,
quando não são extremamente repetitivas, são geralmente bem construídas, tendo
um tom bem pessoal e às vezes simbólico, como mostrado em musicas como “There
Must be More than Blood”.
Mas e as musicas ruins, afinal essas são as razões pelas
quais os fãs, odeiam tanto esse álbum, “Hollywood”, “Hymn (Remix)” e, para mim
“Famous”, aqui vemos um problema desse álbum, que é um problema bem grande, é
que as musicas ruins, são muito claramente ruins. “Hollywood” eu até dou um
passe, não é uma musica horrível, pra mim parece só algum side B mediocre do
Arctic Monkeys com uma critica social meio piegas, já “Hymn (Remix”, eu
basicamente nem chego a considerar como musica, eu prefiro usar o termo “Barulho
Melódico”, para definir essa desgraça, outra que mal é musica é “Famous”, ela é
irritante, ela é barulhenta, ela é uma péssima ultima faixa para qualquer
álbum, alem de que ela praticamente também é barulho melódico, e esse álbum
deveria ter terminado com “There Must be More than Blood”.
Outro problema é a certa falta de identidade desse álbum. Os
outros, como o “Twin Fantasy”, tinham o seu som, a sua identidade pra ser mais
exato, já nesse álbum quase toda musica se parece com algo diferente. “Weightlifters”
parece algo do Talking Heads, “Hollywood” parece algo do Arctic Monkeys, “Life
Worth Missing” parece uma musica do U2 em algumas partes, existe uma grande
diferença entre ser eclético e ser inconsistente, e esse álbum infelizmente é o
segundo. Mas mesmo assim é um álbum que eu considero como sendo um ótimo esforço
em fazer algo diferente, e no geral sendo uma mudança que deu certo.
“Making a Door Less Open”, não merece o Hate que recebe dos
fãs, é um álbum falho? Sim, a mudança sonora poderia ter sido mais gradual? Sim,
não é o “Twin Fantasy”, não é “Teens of Denial”, mas é um álbum que vale a pena
como um bom álbum de rock alternativo e de indietronica, a minha nota é um...
NOTA: 8.0
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