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Como o final de uma rave ruim | REVIEW: Vhoor-Ritmo (2021)

 


Boa noite, eu sou o Ricardo, e esse é um review do novo álbum do Vhoor, Ritmo.

Vhoor é um grupo nacional de Belo Horizonte, que toca uma mistura de Rasteirinha com elementos do Trap e da EDM. Caso você não saiba o que é rasteirinha é um subgênero do funk carioca, que geralmente é mais lento alem de ter influencias do axé, do samba e do reggaeton, outras características são a percussão repetitiva e o uso do atabaque, pode se dizer até que essa é a maior característica desse subgênero.

No quinto álbum de estúdio do trio, o Vhoor continua com seu som padrão, e alem disso ele também acrescenta algumas influencias do samba de coco no seu som, o que é interessante no papel, porem na pratica infelizmente se vê muito pouco disso.  Ritmo até começa interessante com uma produção bem legal, as duas primeiras faixas são bem dançantes e até meio hipnóticas, o que eu sempre acho muito legal, a coisa que eu mais gosto no funk é a produção, e essas duas musicas e algumas outras poucas têm muito disso, infelizmente dessas duas musicas, a qualidade meio que começa a desmanchar.

Esse álbum tem apenas 27 minutos, porem parece que tem 47, quase todas as musicas soam praticamente iguais, muitas vezes tendo a mesma batida, e até os mesmos samples, como o sample do que eu acredito que seja uma cuíca em frequência baixa, eu pessoalmente não faço a mínima ideia, esse sample soa como uma risada, e toda vez que esse sample se repete, é bem irritante, outra coisa, os samples vocais também são bem chatinhos, não há variedade nenhuma é só VAI! VAI! VAI! VAI! É chato, esse álbum é chato, como eu falei anteriormente todas as musicas são praticamente iguais, e depois de 5 musicas, isso começar a dar no saco.

 Outra coisa, o tom desse álbum é esquisito, quando eu fecho meus olhos, e tento imaginar uma cena com a musica, eu sempre imagino uma rave, uma balada, varias pessoas dançando e sendo felizes, e eu tenho CERTEZA, que esse é o objetivo do Vhoor, até as capas dos álbuns anteriores mostram isso, é um álbum feito para ser dançante e divertido... Porem, ao mesmo tempo, todas as musicas, sendo super-repetitivas e monótonas como elas são, acabam tornando esse álbum incrivelmente melancólico, esse álbum é deprimente, não eu não disse que esse álbum é depressivo, eu disso que esse álbum é DEPRIMENTE, no sentido de que ele é capaz de deixar qualquer um pra baixo. Sim, esse álbum soa como uma balada, mas não a parte legal da balada, aonde você esta se divertindo, dançando, conversando com pessoas, NANANANANÃO, esse álbum soa como o final da balada, quando é 3 e meia da manhã e você esta caindo de bêbado e a única coisa que você quer fazer e voltar pra casa, tomar um banho para tirar o odor intransponível de vodka barata que esta vindo de você e cair na cama, dormir por 10 horas e acordar com uma puta ressaca. É assim que esse álbum soa para mim.

Tem musicas decentes, “Norte” é bem legal, “Verde” e “Primavera” também são bem legalzinhas e dançantes, alem de álbuns outros momentos em outras musicas que também são bons, alem da produção razoável, que apesar de realmente desgastar as suas boas vindas, continua sendo bem decente. Mesmo assim Ritmo continua sendo um álbum extremamente medíocre, com musicas chatas que parecem não ter fim, samples irritantes, e um gigantesco sentimento de final de rave, que realmente torna esse álbum um chute no saco para se ouvir, minha nota é...


O video acima mostra a energia que eu sinto desse álbum.

NOTA: 5.5

Se vocês gostaram desse review, eu peço que por favor me sigam no blogger e no twitter, é só isso e falou...

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