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REVIEW: Greta Van Fleet-The Battle at Garden's Gate (2021)

 


Bom dia, eu sou o Ricardo, e esse é o novo álbum do Greta Van Fleet, The Battle at Garden’s Gate.

Greta Van Fleet, banda americana de hard rock e blues rock, muito inspirada por bandas dos anos 70...Também motivo de chacota para a grande maioria da comunidade musical, por conta da sua falta de originalidade. Quando a banda ganhou atenção no mainstream, em meados em 2017, uma coisa que muitas pessoas notaram era que eles se pareciam bastante com o Led Zeppelin, “Se pareciam” sendo um eufemismo para “soar como um B-side da banda original”, os membros sempre negaram que eles copiaram o Led Zeppelin, alegando que eles só foram conhecer a banda no ensino médio, o que pra mim é uma puta desculpa esfarrapada da porra, o Led Zeppelin é uma das maiores bandas de todos os tempos, musicas como “Stairway to Heaven”, “Kashmir” e “Immigrant Song” são conhecidas mesmo por pessoas que não ligam tanto pra rock clássico, eu até acreditaria se os Kiszka disessem que eles “não ligavam tanto” para Led Zeppelin até o ensino médio, mas dizer que eles não conheciam é uma forçação de barra do cacete, e essa negação deles de que eles “pegaram inspiração” do som do Led Zeppelin, e do visual, e do jeito de tocar, e do estilo vocal do Robert Plant, e dos temas, etcetcetc. Eles levam essa negação tão a serio que eles já chegaram a falar que na verdade a maior inspiração deles é o AC/DC. O que mostra que se negação fosse uma modalidade olímpica, Tóquio estava na mão dos States. Porque se o Greta Van Fleet foi inspirado pelo AC/DC, então eu sou o Markiplier. Tipo tá, eles também tem influencia de outras bandas dos anos 70, como Rush e Aerosmith, mas COMO QUE ALGUEM ESCUTA UMA MUSICA COMO “HIGHWAY SONG” E NÃO PENSA, “hmm, isso parece um B-Side nunca lançado do Led Zeppelin”, NINGUEM NÃO PENSA NISSO, PORQUE CLARAMENTE PARECE A PORRA DE UM B-SIDE DO LED ZEPPELIN.

Tudo bem, mas saindo dessas polemicas, eles lançaram um EP, From the Fires em 2017, que é razoável, um álbum, Anthem from a Peaceful Army, em 2018, que é uma porcaria, e agora, 3 anos depois, o álbum sofomoro da banda The Battle of Garden’s Gate foi finalmente lançado, depois de 2 adiamentos. O que será que da pra se dizer desse álbum.

Bem, quando eu vi que esse álbum tinha sido anunciado, eu imaginei que esse álbum seria uma melhoria gigante para com o álbum anterior, ainda não seria um álbum bom, mas seria bem melhor que o primeiro, E EU ESTAVA CORRETO, afinal, enquanto Anthem of a Peaceful Army é medíocre, The Battle at Garden’s Gate é...ok, legal, beleza. Não tem muito que dizer sobre a qualidade da musica.

Uma coisa é, eles não soam tanto como uma copia do Led Zeppelin nesse álbum, eles tem um som mais brando e geral, quando eles se parecem muito com alguma banda, geralmente é mais pro lado do Aerosmith, como em musicas como “My Way, Soon”, alem disso, esse álbum tem mais baladas, como a boa “Broken Bells”, e as não tão boas “Light my Love” e “Tears of Rain”, alem de musicas mais épicas e longas, como “Age of Machine” e a musica de fechamento, “The Weight of Dreams”, de quase 9 minutos de duração, claro, ainda se parece bastante com Led Zeppelin, mas pelo menos não soa como um B-side ou um plagio. O fato de ter musicas legais, como a já mencionada “Broken Bells” e “Built by Nations” e não ter nenhuma musica horrorosa, no geral tornam esse álbum bem melhor que o anterior.

Mesmo assim, ainda há vários problemas, exemplo, esse álbum é MUUUUUUUUUUUUUUUIIIIIIITO LONGO, 63 minutos de duração, 12 musicas, a duração media das musicas é de 5 minutos e 17 segundos (contra 4 minutos e 20 segundos do álbum anterior), alem de que apesar de nenhuma das musicas serem péssimas e difíceis de escutar, nenhumas das musicas são realmente muito boas para justificar a duração enorme, alem do álbum ser lotado de fillers como “Caravel” e “Trip the Light Fantastic”. A produção desse álbum é extremamente segura, o estilo e jeito de tocar do GVF são diferentes, mas a produção não se difere em nada de vários outros álbuns de pop rock que temos por ai,  tudo soa comercial demais, acessível demais, limpinho demais, quase não havendo espaço para experimentação, o álbum sofre com essa produção, e o ouvinte também (o álbum foi produzido por Greg Kurstin, que tambem produziu o pessimo ultimo álbum do Foo Fighters, só pra ter ideia do problema da produção). E os vocais do John Kiszka são PEEEESSIMOS, ele continua tendo a mesma voz fina e aguda de todos os álbuns anteriores, e em alguns momentos isso é super gratificante e chato, o cara é o rosto principal da banda, no entanto ele é o pior integrante do grupo, o Geddy Lee do Rush tem uma voz péssima, no entanto ele é um puta baixista foda, o John é só um carinha com voz super aguda e irritante.

As letras são mais bregas do que o normal, ta não tão bregas quanto nos anteriores, afinal aqui não tem os infames “WHOA MAMA”, que viraram uma marca registrada macabra da banda, no entanto as letras continuam sendo bregas, com alguns momentos sendo extremamente engraçados não intencionalmente, e nesse álbum algumas das letras soam estranhamente gospel, por alguma razão que eu não entendo, elas não mencionam deus, Jesus e os caralho a quatro, o mais religioso que se chega e que eles mencionam o inferno em algumas musicas, no entanto as letras tão um sentimento estranho de “musica gospel”, que eu não consigo explicar direito, provavelmente causado pela atmosfera meio “zen” de algumas das letras dos álbuns anteriores, mas, bem essa é a minha explicação sobre as letras, e em minha opinião, elas não são muito boas.

Bem, é isso, essa foi a minha impressão do novo álbum do Greta Van Fleet, uma grande melhora em comparação ao anterior, com excelentes momentos (o solo final de “The Weight of Dreams” é bem legal por exemplo) porem ainda lotado de vários dos mesmos problemas que infestavam os antigos lançamentos, eu consigo ver o Greta Van Fleet se tornando uma banda respeitável no futuro, mas no momento, simplesmente eu não estou conseguindo sentir isso nesse álbum, quem sabe na próxima...a minha nota é.

NOTA:6.9

"4 Mclanches por favor"

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