Bom dia pessoal, eu sou o Ricardo, e esse é o novo álbum ao vivo da Ichiko Aoba “Windswept Adan” Concert at Bunkamura Orchard Hall.
Pouco se conhece sobre a cantora e compositora japonesa Ichiko Aoba, o que se sabe pela maioria é que ela nasceu em 1990, que ela tem um cabelo com uma franja que vai até bem perto do olho, e que a música dela é muito boa.
Quase todos os álbuns dela foram aclamados pelo público e crítica, seu quarto álbum 0, lançado em 2013, é nada mais nada menos que o melhor álbum de 2013 de acordo com o RYM, superando álbuns conhecidíssimos, como Yeezus, do Kanye West, Like Clockwork, do Queens of the Stone Age, Sunbather, do Deafheaven, entre vários outros.
Eu conhecia a Ichiko Aoba de nome já fazia um tempinho, mas eu só mergulhei em sua carreira ano passado, no qual ela lançou não só o meu álbum favorito do ano (Windswept Adan), como o meu single favorito do ano (Amuletum Bouquet), se tornando um dos meus artistas favoritos do Japão, em um ano caótico, em que eu estava muito deprimido, e que todas as músicas japonesas que eu escutava soavam felizes demais pra mim, Ichiko me encantava com sua voz, que entra delicadamente na sua alma através dos seus ouvidos, e com suas melodias de beleza simplesmente indescritível.
E nesse álbum ao vivo a mesma acontece (já avisando que o review mesmo vai ser bem curtinho), como eu já falei no meu WITL (que flopou demais), no meu pequeno review do single Asleep Among Endives, eu considero a voz da Ichiko como sendo simplesmente angelical, e aqui não é diferente, a voz dela continua parecendo que veio do céu, é muito linda, é muito boa, eu gosto demais.
As músicas, bem, são quase todas as mesmas músicas do álbum, que é o meu AOTY de 2020, então claro eu adorei tudo, minhas favoritas sendo “Dawn in the Adan”, tendo um toque de violão mais “rapidinho”, mas ainda bem suave, sendo provavelmente a música mais acessível do álbum, e aqui não é diferente, é uma música muito linda, eu gosto bastante dela, é minha música favorita no álbum original, aqui é a mesma coisa. Também tem “Sagu’s Palms Song”, com seu tom relaxante, sua bela melodias, uma ótima intro, e claro, a voz maravilhosa da Ichiko. Também tem “Porcelain”, “Pilgrimage”, “Amuletum”, todas muito boas, todas maravilhosas, as músicas desse álbum são incríveis, se só as músicas contassem esse álbum seria um 10.
As letras, bem, elas geralmente falam sobre coisas do mar, coisas de praia, coisas da vida marinha, mas não daquele jeito reggae brasileiro chato pra caralho, e sim de um jeito mais, como posso dizer, contemplativo, mais reflexivo, essas coisas marinhas, a praia, o mar, a vida marinha, os peixes, essas coisas, são todas feitas de um jeito bem meditativo quanto a natureza, é por isso que a música é tão bonita e relaxante, a música da Ichiko Aoba, não é uma música de “ai, eu vou pra praia, vou surfar com meus amigos, depois vou pro luau, tocar “Faroeste Caboclo” no violão, enquanto eu bebo um copo de Absolut diluída com Guaranita Cibal”, não , a música da Ichiko Aoba é uma música de “Eu vou pra uma praia deserta, no começo/final do dia, irei ficar sentado por uma hora no mínimo , vou observar a natureza, e vou falar “meu deus, o mundo é muito lindo”, é assim que as letras da Ichiko são, sempre recheadas de algumas pequenas metáforas e referências ao mar, a vida marinha, e as coisas que eu já falei.
...E às vezes as letras só não fazem o menor sentido. O QUE É BOM, E EU GOSTO.
O único problema com esse álbum é a produção, esse é um álbum ao vivo, então, claro, há reações do público, como um álbum ao vivo geralmente tem. Além disso, algumas coisas da atmosfera, como sons de mar, e água, são bem legais e ajudam muito o álbum.
O que acontece em alguns momentos desse álbum |
Mas o problema é que por um erro bem crasso de produção e gravação, as coisas que não são música, demoram um pouco demais pra acabar. Há momentos que a Ichiko termina a música, e ai vai uns 30-40 segundos de absolutamente NADA フうサ. Literalmente, 40 segundos, da Ichiko ajeitando o violão, e às vezes afinando, para começar a outra música, dava pra cortar isso, se ta ligado que dava pra cortar isso né.
Ah é, e também tem as palmas, quase todas as músicas tem aplausos, e tipo, porra, são bem merecidos pra caralho, eu mesmo aplaudi em algumas musicas, mas assim, tem um pequeno problema, que nas ultimas três musicas, principalmente em “Luminescent Creatures” que é a segunda pra ultima faixa, há uns bons 5 minutos, que é aplausos, a Ichiko agradecendo os caras que ajudaram a fazer o show, seguido por três minutos de CLAPCLAPCLAPCLAPCLAP, seguidos pela ichiko falando umas coisas em japonês, provavelmente falando sobre a próxima musica, e ai “Amuletum” começa. 5 minutos disso mano. É merecido?, é merecidíssimo, mas puta merda, não podia cortar um pouquinho. Aí chega “Amuletum”, E O MESMO APLAUSO POR 3 MINUTOS ACONTECE, e na última faixa também acontece, dessa vez só por um minuto e aí dá fade-out, porque acabou. As partes de fala, tudo bem, porque elas geralmente acrescentam algo pra música, e a voz da Ichiko falando é muito doce e bonitinha, ou seja tudo bem, mas pô, podia cortar os aplausos, podia tornar eles um pouquinho menores, mas beleza, tudo bem, todos eles são muito bem merecidos, e o show é muito bom, então eu perdoo.
“Windswept Adan” Concert at Bunkamura Orchard Hall é um excelente álbum ao vivo, com músicas de beleza fascinante, contadas por uma voz simplesmente angelical, e contendo uma atmosfera muito boa, infelizmente a produção prejudica um pouco o produto final, mas mesmo assim, uma ótima experiência, que eu recomendo para todas as pessoas que querem ouvir algo mais relaxante e meditativo, a minha nota pra esse álbum é…
NOTA:8.7
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