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REVIEW:Yung Lixo-Cybertapes (2022)

 Bom Dia pessoal, eu sou o Ricardo, e esse é o novo álbum do Yung Lixo, ou Yun Li, como o nome é estilizado aqui. Cybertapes.

Victor Schiavon, AKA Gemaplys, AKA Jungkook do BTS, é um youtuber/rapper gaúcho, um youtuber/rapper que eu gosto significantemente diga-se de passagem, sou inscrito dele desde 2017, quando eu fui apresentado pela minha irmã, na época ele mal tinha 10 mil inscritos, e agora ele tem mais de 1 milhão, eu acho muito dos videos deles hilários na época, e embora alguns envelheceram um pouco mal, eu ainda gosto muito, ele é do coisa nossa também, mas não estamos aqui pra falar de youtube, claro, estamos aqui pra falar de música, e ele tem uma carreira musical um tanto quanto extensa, lançando música desde 2013 e fazendo música desde 2009, com o nome de MC VV, e em 2017, com o lançamento do EP Garotão, ele mudou para Yung Lixo, o próprio fez dois vídeos que explicam bem melhor que eu a evolução dele, mas explicando rapidamente, ele fazia uns trap de shitpost bem edgy, que eram engraçados mas não envelheceram bem, apesar de terem 4-5 anos, depois ele começou a fazer algumas coisas mais sérias, porém sem perder o ângulo humorístico, ele mudou de produtor, fez algumas músicas mais sofisticadas, e é assim que chegamos aonde estamos agora.


Cybertapes é o quinto álbum dele, e inicialmente apresenta um som mais sombrio que os anteriores, também seguindo com a produção mais refinada e interessante de álbuns como Trashtalk, músicas as duas primeiras músicas, “Noite” e “Ghost Chroma” são  duas boas músicas de trap e nelas podem ser sentidas a produção mais sombria e atmosférica e as letras mais edgy e criminais. Essas quatro primeiras músicas desse álbum na verdade são boas, as minhas favoritas sendo as excelentes “Diamantes e Peixes” e mais especialmente “Akira”, essas músicas tem algumas coisas que eu não gosto claro, eu não sou nem um pouco fã de autotune, e esse álbum é obviamente cheio disso, eu também não curto muito essas letras que só falam de crime e sexo com algumas frases em ingles aleatorias no meio por razão nenhuma alem de “soar legal” (na verdade é ridiculo, mas quem sou eu…), mas isso não é importante no momento, afinal, essas quatro musicas são boas, a produção do Biffe é ótima, o instrumental é bom, o Victor tem um flow decente, são musicas que no geral, podemos dizer que tem uma qualidade elevada.


A qualidade começa a decair com “9MM”, uma música ainda decente, porém com um hook fraco e ainda assim letras esdrúxulas, com tema de violência “gangsta” extremamente batidos, “Tapa”, uma música de cunho sexual, que como a última até que é legalzinha musicalmente, porém se perde nas letras, que claramente não chegam nem perto da realidade, e que se torna ainda mais vergonha alheia pela feature do tiba, amigo do Victor, que consegue ter mais cara de virgem que eu. "Festa" é uma música tão medíocre que eu nem me lembro de como ela é, eu não gosto nem um pouco de “Smooth af”, sério, essa música é TERRÍVEL. Felizmente o álbum melhora um pouco com “Fantasmas”, que possui uma letra mais madura que as outras, e “Hitomi” a última faixa, não é um primor, porém é uma música bonitinha até e serve bem como um fim desse álbum.


Eu não sei o que me deixa estranho com esse álbum na verdade, eu talvez só esteja mesmo de saco cheio de todos esses clichês do trap nacional, de voz com autotune falando de crimezinho com frasezinha em inglês e aqueles barulhinho de trap de “yo” e “skrrt”, eu pessoalmente só acho esse bagulho muito chato e saturado hoje em dia, eu acho chato que parece que depois da quarta música o álbum vira só um pop rapzinho bem genérico,deve ser as letras, que no geral eu só acho forçadas e saturadas, pelo menos nos primeiros álbuns você sentia que as letras tinham um certo tom de ironia e auto consciência e as músicas mais sérias tinham um tom bem tocante e sentimental (ex. “Polaroid”), agora parece que quando o Victor vira o Yung Lixo, ele vira um personagem do “Trapper sério igual aos outros”, que eu sinceramente acho bem massante.


Enfim, Cybertapes, começa como um bom álbum de trap, com ótima produção e instrumentais, no entanto, infelizmente ele perde o fio da meada na segunda metade, se transformando acima de tudo em um álbum de pop rap saturado e uma coleção insossa de clichês e tropos típicos do trap do nosso Brasil varonil, no geral, um álbum bem decepcionante, minha nota é um:


NOTA:5.7



E é isso, se você gostou desse review peço que se for possível me dê uma ajudinha no ko-fi, e isso e FALOU.


Alias, a capa é bem legal.


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