Pular para o conteúdo principal

REVIEW:Druida-Esculturas de Ossos (2021)

 


Bom dia pessoal, eu sou o Ricardo e esse é o novo álbum do Druida. Esculturas de Ossos.

Druida é um artista paranaense de música ambiente, geralmente também com elementos da folktronica e da música glitch, também tendo várias influências de outros gêneros como Avant-Folk e Neo Psicodelia (Musgo), chillwave, drone e música eletroacústica (Líquido), além da sempre presente influência do drone, em Esculturas de Ossos, os gêneros da vez são a música vapour e o Hypnagogic pop.


Eu fiz um pequeno review do último álbum dele, Liquido, há alguns meses atrás, no meu flopado quadro WITL, na minha opinião a música até que era bem decente, porém o álbum sofreu com o fato dele ser extremamente curto, tendo várias músicas pouco desenvolvidas e que pareciam mais sonhos febris facilmente esquecíveis do que músicas reais. E infelizmente, isso ainda é um problema, e no caso de Esculturas de Ossos, esse problema é até bem levemente piorado.


Neste álbum as músicas até são bem mais acabadas, e como no anterior, elas são em sua grande maioria perfeitamente agradáveis, tendo até alguns momentos de brilho como a primeira música “Viajante”, “Sob a Vig°lia” e “Povoado de Cadáveres", mas mesmo assim, os problemas continuam, músicas continuam indo e vindo como sonhos curtos que são imediatamente esquecidos no momento que você acorda, o álbum, apesar de ser 10 minutos mais longo que o anterior, ainda é extremamente curto, muitas músicas parecendo não terem sido finalizadas (eu sei que isso contradiz o que eu disse acima, mas é a verdade).


A produção é outro ponto problemático, afinal, em alguns pontos ela é incrivelmente criativa, instrumentos como sintetizadores e baterias eletrônicas são bem tocados, e a atmosfera do álbum é bem estabilizada e trabalhada, por outro lado, o som e a mixagem do álbum é turva, desorientada e por vezes irritante (exemplificada primariamente pelos insuportáveis triângulos/sinos/algum instrumento metálico em “The Chances of You Not Being the Chosen One”).


Por fim, no final do álbum, quando a última música, a boa “O Soldado e o Tigre”, que aliás tem uma pequena linha de baixo que é genuinamente muito boa, termina, passam-se alguns segundos, e aí vem uma faixa escondida.


Eu não gosto de faixas escondidas, um dos meus maiores traumas musicais é pesquisar álbuns na wikipedia, ver na parte de faixas que a música final tem, digamos 42 minutos, apenas para ver depois um parênteses explicando que a música na verdade tem 5 minutos, 35 minutos de silêncio e uma faixa escondida de 2 minutos, a faixa escondida na maioria das vezes nem é boa, muitas vezes ela nem música é, e sim só gente falando, ou o barulho da noite, ou sei lá, o cara vomitando, é quase sempre alguma merda desse tipo, e quando tem a música, geralmente é ou uma musiquinha acústica medíocre, um drone curto que ninguém liga, ou uma música super barulhenta que ninguém consegue ouvir inteira.


Em Escultura de Ossos isso não é diferente, há faixa escondida é apenas um drone, às vezes aparece uma voz distorcida falando bem rápido alguma coisa que eu não faço a menor ideia se ta em portugues ou não, e eu pessoalmente não me importo muito, é uma musiquinha secreta bem ruim, como comer um strogonoff e descobrir que o champignon na verdade é azeitona.


No fim, isso é Escultura de Ossos, um álbum decente, porém das quais os seus defeitos são muito mais interessantes do que o seus méritos, o álbum possui músicas boas, tem uma atmosfera bem trabalhada e é um álbum incrivelmente competente para um artista que tem apenas 17 anos, mas as músicas curtas demais, a produção questionável e a sensação de  que nada realmente é memorável estragam um pouco o que seria um bom álbum de música ambiente. Não há mais nada para se dizer, a minha nota é um…


NOTA:6.6




E é isso, se você gostou desse review, curte o post de divulgação no twitter, retwitta ou compartilha o post, segue o meu perfil e se possível me dê uma ajudinha no ko-fi, é isso e FALOU.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

necronomidol: um bom começo para uma nova formação.

Ah... o Necronomidol, esse grupo é fascinante, resuitado de um experimento bem sucedido em deixar a musica idol japones um mais “sombria”, o Necronomidol vem despontando como um dos melhores grupos idol alternativos da atualidade, alem de se tornar um dos grupos mais populares na europa e nos estados unidos. O Necronomidol vem de uma boa sequencia de álbuns, com o excelentes EP’s “Deathless” e “Strange Aeons” (2017 e 2018 respectivamente) e do álbum “Voidhymn” (o melhor álbum japones do ano passado na minha opinião), e mesmo com a saida das duas integrantes mais populares do grupo (Sari e Hina), o grupo não desanimou, e, com suas novas integrantes (Kenbishi Kunogi e Michelle) o grupo continuou chutando bundas com sua musica sombria, invernal e, pasmem, incrivelmente cativante. “Scions of Blasted Heath” (Trad: Enxertos de Charneca Queimada), é a primeira gravação do grupo com a nova formação, e ele tem algo incrivelmente engraçado, afinal a melhor e a pior musica é, resp...

REVIEW:Yung Lixo-Cybertapes (2022)

  Bom Dia pessoal, eu sou o Ricardo, e esse é o novo álbum do Yung Lixo, ou Yun Li, como o nome é estilizado aqui. Cybertapes. Victor Schiavon, AKA Gemaplys, AKA Jungkook do BTS, é um youtuber/rapper gaúcho, um youtuber/rapper que eu gosto significantemente diga-se de passagem, sou inscrito dele desde 2017, quando eu fui apresentado pela minha irmã, na época ele mal tinha 10 mil inscritos, e agora ele tem mais de 1 milhão, eu acho muito dos videos deles hilários na época, e embora alguns envelheceram um pouco mal, eu ainda gosto muito, ele é do coisa nossa também, mas não estamos aqui pra falar de youtube, claro, estamos aqui pra falar de música, e ele tem uma carreira musical um tanto quanto extensa, lançando música desde 2013 e fazendo música desde 2009, com o nome de MC VV, e em 2017, com o lançamento do EP Garotão , ele mudou para Yung Lixo, o próprio fez dois vídeos que explicam bem melhor que eu a evolução dele, mas explicando rapidamente, ele fazia uns trap de shitpost bem...

Review: Lovebites:Clockwork Immortality (2018)

O Lovebites é uma banda feminina japonesa de heavy metal formada em 2016, formada por antigas integrantes da segunda formação do Destrose, mais especificamente a baixista Miho e a Baterista Haruna, o Lovebites lançou seu debut "Awakening from the Abyss" ano passado, é um álbum muito bom, um álbum pesado, veloz, power/speed metal de qualidade, com grandes musicas como "The Hammer of Wrath" e "Warning Shot". São musicas como essa que eu estava esperando para o segundo álbum da banda "Clockwork Immortality" anunciado a quase quatro meses, cujo qual eu esperei bastante, porem não tinha conseguido ouvir devido ao fato de que foi uma semana movimentada, muitas coisas aconteceram, meu computador meio que quebrou etc etc foda-se, então hoje, dia 8, eu finalmente pode ouvir o mais novo álbum das garotas vestidas de branco (eu pareci um tio falando agora), eu escutei o álbum, e eu estou incrivelmente decepcionado com isso. O álbum começa com a introdução...